sexta-feira, 18 de julho de 2008

O Fujiyama

Da base da montanha nada se via.

Visitamos o museu, assistimos um vídeo sobre a formação do vulcão, que na verdade eram três, e esperamos que com o passar dos minutos a situação mudasse. Mas nem isso.





Como programado, subimos no ônibus em direção à quinta estação (2.300 metros), a maior e a última estação que se consegue ir de carro, utilizando a estrada sinuosa.

A cada estação (são dez, sendo a última na beirada da cratera, à 3.770 metros), íamos parando, esperançosos que um milagre revelasse o topo da montanha.


Estávamos acima da maioria das nuvens, o ponto mais alto do Japão.

O vulcão tornou-se inativo a partir de 1700, era considerado tão sagrado, que a escalada só era permitida aos sacerdotes. A subida de mulheres só passou a ser permitida no ano de 1872.

Na quinta estação, trocentos ônibus de turistas como o nosso, e uma multidão, alguns munidos de bastão para escaladas e vestidos de branco, gente de toda parte do mundo, principalmente chineses.
Dali ao topo, pouco mais de um quilômetro de subida, se levava de seis a doze horas, dependendo da capacidade física e da trilha escolhida.

Nossa guia brasileira se afastou, dizendo que iria orar em um templo perto dali, pedindo ao deus dos ventos para levar as nuvens embora.

Fiquei admirando um tipo de ciprestes, que só crescem ali, pois daquela altitude para cima, não há vegetação praticamente.

Dez minutos depois ouviu-se um clamor geral, me virei e lá estava o topo do Fuji, maravilhoso, bem diferente do que vemos normalmente em cartão postal.


Como era verão, quase não havia neve. Segundo me disseram, a pouca neve que persistia era um fenômeno que estava sendo estudado pelos cientistas, pois não era normal se encontrar neve após o mês de Maio.



A guia, eximindo-se de sua ‘participação’, disse que a gente tinha sorte, pois em outra épocas do ano, muitos turistas acabam frustrados.




Ficamos todos emocionados.


Entramos no ônibus para seguir viagem em direção a Tóquio (110 km dali) satisfeitos, como se a viagem estivesse coroada ali e tudo mais que viesse a acontecer, fosse um extra.


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